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O compasso da moda
O compasso da moda

O COMPASSO DA MODA

 

 

No final do ano passado, na época que comecei a pesquisar para a Retrospectiva do Fashionismo e as tendências do ano, rolou uma conversa no #melhorgrupo de algo que já havia percebido e acho que vale trazer a reflexão pra cá: a moda está acelerada demais(?).

 

A pauta era sobre as tendências saturadas de 2016, aquela que a gente não ~aguentava mais. Entre os destaques do post: tênis que pisca, brusinha sobre brusinha, bonés, flatforms e (o vitorioso, ou derrotado) patches.

E da conversa sobre o tema, trago um comentário pra cá – da leitora e miga, Clara Azevedo, “O que tá out é o fato da moda ser tão rápida por conta da internert. A tendência mal começa e a gente já tá saturada de tanto que vê pelo Instagram, Pinterest e afins. Isso é o lado ruim da globalização da moda. Às vezes nem conseguimos usar e já passou, gerando um consumo desenfreado e nada consciente.”

Reproduzi aqui integralmente, pois eu não poderia concordar mais.

Uma das minhas tags favoritas aqui no Fashionismo é falar de “trend alerts” e analisar tendências que estão chegando, virando moda ou, até mesmo, no seu auge. Gosto também de compartilhar gostos particulares, trabalhar meu feeling e tentar valorizar modas que não estão, necessariamente, na moda. Sinto que essa quase década de blog deixou meu radar apurado e busco uma curadoria vida real e de fato inspiradora e útil, mas uma coisa é fato:a moda tá acelerada mesmo!

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Se você pensar na modinha de janeiro de 2016, um ano atrás, provavelmente ela não existe mais. E aquela moda que a gente até se interessou, mas perdeu o timing da parada? Ainda tem aquela moda tão legal, mas tão legal, que parece lenda, já que a gente não vê à venda na loja mais próxima. Ainda tem aquela moda conceitual, que a gente vê no fantástico mundo do instagram, mas que é impossível colocar em prática.

De fato a engrenagem da moda está operando num modo acelerado, a profusão de informações que somos acometidas diariamente, seja em blogs, redes sociais ou em simples conversas entre amigas, mudou a forma que consumimos moda. Isso é bom, mas é ruim, entende? Eu também não.

As grandes marcas não tem só mais 2 coleções por ano, isso já mudou há algum tempo com a chegada de coleções resorts e pre-fall. No universo das fast fashions, as coleções são mensais e, muitas delas, semanais. Isso tudo gera mais informação de moda, mais desejo pelo consumo, muitos looks, uma certa falta de foco e até uma pequena frustração. Ah, já falei de o quanto nosso rico dinheiro voa a mesma medida das tais tendências?

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Agora fica um questionamento, será que o mesmo universo digital que na última década democratizou e aproximou a moda de nós, reles mortais, é o mesmo que vai transformar tudo isso em algo extremamente fugaz e fora do compasso necessário?

E você, querida leitora, qual tem sido a sua relação com a moda vigente? Você gosta da moda rápida, das profusões de tendências ou acha que está tudo além da conta? Alguma ideia do que 2017 nos reservará? Eu confesso que não faço a mínima ideia, mas estou curiosa pra acompanhar e compartilhar com vocês! De repente eu posso depois fazer um post 2 com a visão de vocês na prática dessa nova onda.

 

Quem diria que falta de estilo poderia ser um elogio?! Poisé, no post da Rachel Bilson foi comentado (daí a sugestão de tema pra esse post) sobre como ela não tinha um estilo definido, mas sim vários. E qual é o problema disso? Nenhum!

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Rachel Bilson mostrou que estilo é sentimento. Você pode acordar uma Moss e dormir  umaKardashian. Não seguir um estilo único é sinal de muita personalidade, e também estilo. Profusões de estilos em uma pessoa só, não faz de ninguém uma fashion victim, pelo contrário, é a moda que se torna vítima das suas ousadias e tentativas, e isso é super permitido!

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Porque se prender, ser refêm, de uma referência só se temos tantas por aí? Porque se definir como HiLo, BoHo, se o alfabeto inteiro está aí pra usarmos a cada dia, todo dia? Inspiração (oi, os blogs) não nos faltam!

oioi

Lógico que alguns fatores são soberanos, como adequação e o uso do tal do bom senso. Esses requisitos são fundamentais pra criarmos segurança, conforto e seguirmos em frente, seja com qual estilo for.

A diversidade nos permite conhecimento, ser eclética é um dom. E não é à tóa que o ecletismoé um dos movimentos artísticos mais respeitados e valorizados do mundo das artes (e arquitetura!).

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Resumindo, não vejo problema algum ter essa liberdade e tentativa de ensaiar um estilo a cada dia. Isso tudo faz parte do amadurecimento, da evolução fashion. Ser pautada pelo humor, pelo clima ou até mesmo pela diversidade (ou falta dela) do seu armário são fatores que fazem com que o ato de se vestir seja divertido e libertador. Não ficamos presas a um ciganismo, patricismo, minimalismo ou qualquer outro ismo.

Esse não é mais um post aleatório sobre rendas. Mas é que tem vezes que minha sensibilidade bloguística funciona assim: se três ou mais mocinhas elegantes usam uma coisa em comum num curto período de tempo, vira post. Lógico que isso não inclui calça jeans, vestido preto ou saia lápis ;D

Lembra que essa semana, a Lindsay Lohan usou aquele vestido branco gracinha (que uma leitora antenada contou que é Intermix) com renda nordestina (irei chamar assim, ok?). Daí no mesmo dia vi a Kourtney Kardashian usando um vestido parecido, e igualmente fofo, nessa renda 3D(porque não é aquela chapada, sabe?), alto relevo e de escala maior. Daí minha antena aferiu tal movimento tectônico da moda.

 

E não é que nessa mesma semana, Hannah Montana aparece com um vestido de renda todo trabalhado na malemolência e alto relevo. Complô fashion? Pra fechar o alerta de tendência, Kristen Bell com o mesmo estilo de renda (aliás, amei o look da Gossip Girl) e na mesma fatídica semana, voilá!

Elocubrações à parte, é mais que uma série de coincidências aleatórias, D&G já desfilou, dezenas de revistas já repetiram em suas capas (e com certeza você leu em algum blog), mas é no calor do streetstyle que a tal da tendência se confirma. E que me desculpe Domenico e Stefano, pra mim essas rendas tem procedência brasileiríssima!

Confesso que não sei diferenciar precisamente os tipos de renda, seja guipir, bilro, nacional ou importada, mas esses tipos de vestidos só me fazem lembrar dessas feiras do nordeste onde tem peças tão artesanais e especiais (e com preços bem melhores), que parece que as celebrities acima mandaram importar coisa nossa.

E por falar do nosso pib, Ambrósio usou esse vestido mês passado, mas também tem a mesma cara nacional, artesanal e bem verão 2012. Quem duvida que vai ser o grande hit da próxima temporada? Color blocking? A renda é coisa nossa!