Criar um Site Grátis Fantástico
Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese

 



Total de visitas: 2219
A moda mudando
A moda mudando

A FORMA DA MODA ESTÁ MUDANDO

63baf4143aa6f95e11e307be4374bacf

“Alguma coisa está fora da ordem, foram da nova ordem mundial”, talvez essa música seja a trilha sonora do momento fashion em que vivemos, estamos no meio de uma grande transição. Nós podemos até não perceber, mas tem muita coisa acontecendo e juntando cada ponto, forma-sem uma revolução, logo, uma nova geração.

Falo isso, pois de 2014 pra cá muito coisa mudou. A loja que era famosa, faliu. O veículo que era referência, acabou. Até as redes sociais estão se transformando, tudo a olhos vistos, você está percebendo?

5a641d365dc50004af0f86f39205f6cd

Em termos de publicações, no início do ano foi anunciado que Woman’s Wear Daily, principal jornal de moda e business, deixaria de ser diário e passaria a ser semanal e isso já mostra o baque e um novo cenário.

Revistas como Company, Lucky e Capricho, encerraram suas atividades impressas, se mantendo apenas na plataforma digital. E não adianta dizer que o tal digital tomará conta do mundo, o impresso não vai a lugar nenhum, mas de fato precisa ser repensado como as informações chegam.

No online as coisas também vem mudando. O famigerado Instagram perdeu sua soberania e agora encontra concorrência com Snapchat, Periscope e, até o fechamento desse post, algum gênio do Vale do Silício terá inventado um novo app que logo tomará conta dos nossos dias e dedos.

image-2

E os blogs? Bom, aqui sigo firme e forte e lida, amém, mas e você aí? Quantos blogs lê e, o principal, por que você lê um blog? Se antes era boom, hoje, provavelmente, você não lê os 870497 que lia em 2009. E muitos blogs não postam mais todo dia, o que me causa estranheza, afinal, as redes sociais vão e vem, mas nosso domínio será eterno e enquanto houver Google (taí uma hegemonia incontestável), haverá um post pra você achar e ler e se informar e/o divertir.

A informação de moda de fato mudou, se antes você consumia informação sentado na frente do seu computador, hoje o mobile impera e ai de mim ficar 24 horas sem meu Feed disponível pra vocês lerem o blog rapidinho, mas sem perder o hábito, jamais :]] Seja qual for a forma ou origem, você sempre terá  2 ou 3 minutos por dia para ler blogs e sites, mas vai de você fazer uma curadoria e seleção natural das coisas – e posts.

b36ffeec2691d798ef7c6a835cdb7d4c

Saindo do editorial e indo pro comercial, pro negócio, pro business! Acha que o Brasil tá em crise, que o dólar tá alto? Que é tudo culpa da Dilma? Essa semana foi anunciado que a Gap (a gigante Gap, aquela Gap que compramos moletons desde 1900 e bolinha) fechará 1/4 das suas lojas no EUA e algumas no mundo. Um quarto!

Vocês tem noção disso? A marca tem 675 lojas e em breve terá ‘apenas’ 500. Crise? Bastante. A forma que consumimos roupa e-mudou? Também. E isso não foi exclusividade da Gap, marcas como Marc by Marc Jacobs, Kate Spade Saturday e C.Wonder encerraram suas atividades. As inquestionáveis  J.Crew e Banana Republic, apertaram os cintos, demitiram funcionários, mas, principalmente, tem mudado sua visão de moda E negócio. Sem contar nomes como Abercrombie e American Apparel, que tiveram que rever seus conceitos, afinal, as pessoas simplesmente deixaram de comprar suas roupas com mensagens equivocadas. É oficial, a gente não compra mais qualquer coisa.

Se você acha que isso é só com as marcas ‘medianas’. Essa semana foi publicado que a soberana Prada parou de crescer, puxou o freio e até se viu ~obrigada~ a focar em bolsas mais baratas pra atrair uma nova clientela. E ela não é a única, outras grandes labels tem ficado alerta enquanto essa tal transição não define, afinal, onde vamos parar?

Ah, se você acha que a única justificativa para tudo isso é o avanço incontestável do e-commerce e as maravilhas das lojas abertas a um clique e 24/7? Muito dessas mudanças se deve a isso, fato, mas quando uma gigante virtual como Net-a-Porter, encontra-se no vermelho, há de se refletir além do óbvio.

97f37c460d1c1c244615306a8f250113

E lá na China, maior comércio de luxo do mundo, marcas como Prada, Armani e até Chanel (que aumenta o preço de suas bolsas como se não houvesse amanhã), tem reduzido drasticamente o número de suas lojas, enquanto outras marcas como Zara, H&M e Uniqlo, o que fazem? Encontram uma brecha e multiplicam suas lojas em locais onde antes era território exclusivo do luxo. E isso tem acontecido lá e cá, vide o Village Mall que “precisou” colocar uma Forever 21 em meio a Vuitton e Gucci pra justamente ainda fazer a economia girar, ou apenas o shopping movimentar.

É lógico que tais fast fashions seguem crescendo… mas até quando? É bom eles ficarem ligados, pois até a forma que as pessoas consomem moda rápida-e-barata tem mudado. O afã pela tendência já não é o mesmo, as pessoas tem buscado designers locais e peças mais autorais, sem contar fatores como apoio à sustentabilidade e repulsa ao trabalho escravo, mais do que nunca em pauta.

Mas acima de tudo e até mesmo da economia, as pessoas tem valorizado mais a roupa, simples assim. Se os tempos são outros, tudo indica que as pessoas não comprarão por comprar, comprarão por amar, logo, não se identificarão com qualquer coisa, daí até o formato fast fashionprecisará ser revisto.

a6d1818644a810d333dd5911f74dfb2f

Onde vamos chegar? Não sei exatamente, só sei que estamos no meio disso tudo, vivendo, aprendendo, ainda comprando, mas de olho no que esse meio fashion nos reserva. Vez ou outra é bom ir além do trivial, refletir, desligar o modo automático e pensar no que você consome, seja leitura ou compra.